Vitória com requinte de televisão

O Montilla venceu as bonecas com futebol de sobra por 3 a 2, um verdadeiro misturado de filmes e novelas explicam o jogo.

 
   Antes mesmo de começar a partida, como falei no post anterior, sabíamos que seria o primeiro filme a aparecer, "Um Jogo de Vida ou Morte" a história do filme não tem muito a ver, mas o nome é direto. Todos sabíamos que não seria nada fácil, até porque mesmo tendo mais time, mais futebol, as bonecas costumam não facilitar as coisas e sempre dão trabalho. O desfalque do Montilla era Augustinho, o time que entrou em campo começava por Barrerito; Dirlândio, João Eudes, Helder e Sócrates; Geraldino, Marquinhos, João Paulo e Gadelha; Jefin e Dé.

 
   A épica vitória do Montilla, nos remeteu também a trama de Dênis Carvalho, um anjo que caiu do céu. Quem não viu o jogo pode se perguntar poque, achar um exagero meu, mas quem foi ao campo com certeza sabe ao quê, ou melhor, a quem eu estou me referindo. Aguarde.
   O Primeiro tempo foi bom, o Montilla começou bem, tocava a bola, tentava algumas investidas enquanto as bonecas ficavam claramente armadas para um contra-ataque.
   Antes de termos dez minutos de jogo, uma falta marcada para o Montilla na linha de fundo direita do nosso ataque, a primeira invasão no campo. Quem faz uma coisa dessas não merece respeito de ninguém, mas vou respeitar os leitores deste blog e não vou me rebaixar a tal nível. A invasão era uma tentativa (acho que) programada de atrasar o andamento do jogo, como sabem o empate manteria as bonecas em primeiro e com o resultado da partida de Campos Sales nos desclassificaria.
   Pois bem, na dita falta, após um pequeno tumulto, bola na área e nada que oferecesse tando perigo às bonecas. Tínhamos cerca de quinze minutos de jogo quando o Montilla tomou o primeiro susto, um bate e rebate na área e Nando coloca de cabeça uma bola na trave de Barrerito que nada tinha a fazer se não olhar. Depois do susto o Montilla melhorou mais ainda e partiu para o ataque na intenção de abrir o placar. É aí que entra em cena o nosso Caio Blat. Um passe muito bom de Gadelha e uma finalização melhor ainda de Dé, o tal anjo que caiu do céu.

 
   Logo após o gol veio uma coisinha chata, o "NÃO Vale a Pena Ver de Novo", como tinha acontecido em Várzea Alegre, o Montilla estava bem, fez o gol e depois perdeu o controle do meio campo, começou a levar pressão e digo que não valeu a pena ver de novo. Uma coisa foi diferente, lá em Várzea Alegre eles melhoram e ficaram superiores ao futebol mais ou menos que o Montilla apresentava naquele dia, sábado foi diferente, elas não melhoraram, nós que deixamos de jogar. Aí ficou um jogo feio, sem grandes jogadas, faltas, cartões, brigas, segunda invasão de campo... Muitas coisas, o Montilla tentava seguir com o toque de bola mas o time estava apático e errava muito, até que numa falta, pouco pretenciosa, Welton arriscou de fora da área e acertou uma mega sena, golaço de falta, e jogo empatado. Na cabeça dos torcedores a sensação ruim de filme repetido. Com o gol das Bonecas, terceira invasão, repito TERCEIRA, dessa vez não foi só um torcedor, a torcida inteira partiu para cima da torcida do Montilla. Mas e a polícia? Também me pergunto, nem sequer vi algum policial no campo, apenas a viatura parada sem ninguém dentro. Seria até um alvo fácil para um ladrão ousado.
   Voltando ao jogo. Depois de levar o soco do empate, o Montilla não parou mais de comandar o jogo. Foi vendo o gol amadurecer e tentando, até que "um anjo caiu do céu", volta para assombrar a vida das bonecas "assassinas" e faz o segundo gol pertinho de acabar o primeiro tempo. Depois do gol nada importante aconteceu no primeiro tempo.
   "Apita o árbitro, rola a bola para o segundo tempo de Bonecas e Monti... olha o ataque do Montilla, é gooooool." Não foi bem assim, mas foi parecido. O gol que mudou a história do jogo. 3 a 1. Quem adivinhar quem foi o autor do terceiro gol ganha um doce. Tic-tac, tic-tac, tic-tac, um doce para quem disse Dé. As bonecas agora tinham que partir pra cima e fazer dois gols para empatar o jogo e novamente ficar com a primeira colocação. Depois do gol, o Montilla seguiu jogando bem, e criou outras chances de ampliar ainda mais o placar e fazer aquele jogo virar brincadeira, mas deperdiçou algumas com Jefin, outra pelo árbitro Motta não ter visto Dé ser empurrado por Bel logo após ter levado um senhor banho, entre outras.
   Como sempre, sabemos que as bonecas são muito cagadas. Uma falta despretensiosa no meio campo, somada a um descuido da zaga, resultou em um escanteio e do escanteio o segundo gol das bonecas, apesar de ainda ter tempo, as bonecas jogavam como se quem precisasse correr atrás do gol fosse o Montilla, bola no mato toda hora, balões e mais balões. A única substituição feita pelo Montilla, saiu Jefin, que não estava bem, entrou Ramon, e muito bem, apertando as saídas de bola, desarmando e impossibilitando o avanço das Bonecas, obrigando-as a sair no chutão. Depois disso o que tivemos foram alguns minutos de tensão, até que acabasse a partida.
 
   Após o término da partida, vem mais alguns filmes, 300 de Esparta, Guerra entre Mundos, Tróia... muitos outros, mas tudo isso com um assunto vergonhoso. Não posse deixar de deixar aqui dois pontos sobre o assunto:
1 - Nós, jogadores do Montilla estavamos de saída do campo, no momento em que pedras foram lançadas em nossa direção, por torcedores, torcedoras e JOGADORES da equipe do Cruzeiro.
2 - Alguma providência tem que ser tomada. Exclusão do campeonato ficaria barato para a barbárie que aconteceu. Um jogador do Cruzeiro, que estava suspenso da partida por ter levado cartão vermelho foi a campo portando arma branca.
   Fico a disposição para qualquer esclarecimento, clique aqui para saber como entrar em contato.

   No mais...
                 ...é bom demais torcer pro Montilla!
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